segunda-feira, 17 de março de 2014


terça-feira, 14 de maio de 2013

LIBRAS E SAÚDE


http://librasesaude.blogspot.com.br/

Caderno Acadêmico-Editora Arara Azul



Olá Pessoal



A Editora Arara Azul está lançando o Caderno Acadêmico, um espaço on-line de divulgação de trabalhos acadêmicos (Monografias, TCCs, Teses e Dissertações) sobre assuntos envolvendo Surdez, Educação de Surdos, Língua de Sinais....

Os autores que quiserem compartilhar graciosamente seus trabalhos naquela seção podem prosseguir da seguinte maneira:

Mande um e-mail para pedagogia@editora-arara-azul.com.br e fale com nossa Assessora pedagógica, RENÉ JOSÉ DA SILVA.


Quem quiser ver os trabalhos já disponíveis é só entrar no site: http://www.editora-arara-azul.com.br/cadernoacademico.php


Mais uma vez, PARABÉNS a toda equipe da Editora Arara Azul, pela excelente iniciativa!!!!

FONTE : BLOG VENDO VOZES

terça-feira, 2 de outubro de 2012

quinta-feira, 13 de setembro de 2012



POLÊMICA
NO PROGRAMA FANTÁSTICO


MATÉRIA DE 09/09/2012 RETIRADA DO GRUPO IPSURDOS(Gediane Tenório
Especialização em Interpretação da Língua de sinais - LIBRAS
Graduada em Pedagogia)



Estou aqui para notificá-los a polêmica no programa Fantástico da TV Globo de ontem
(09/09/2012), ao assistir a matéria fiquei tremendamente inconformada com a
forma como o assunto "Surdez" foi tratada pelo programa.
A matéria fala sobre Implante Coclear e seus benefícios para que os surdos possam ouvir,
implantando um aparelho através de cirurgia. Para a comunidade ouvinte (ou
leigos do assunto) e até mesmo para determinados médicos, a Surdez é considerada
como algo que está "quebrado", "precisa de conserto", de "cura".
Não ficou claro para os teleespectadores que as pessoas surdas são livres, constituem
famílias, trabalham, estudam (se formam em cursos de graduação e pós-graduação)
que não usam implante coclear, usam a língua de sinais e são felizes. TV
Globo/Fantástico que tal mostrar isso, heim ????.
O programa tentou mostrar o quanto o aparelho é eficaz, porém o que ficou bem claro foi o
desaconforto que a pequena Laís sente ao ouvir pelo aparelho. Não sabemos a
qualidade do som ou o que ela ouve, mas o fato é que a incomoda.
Profissionais envolvidos na matéria deveriam atentar-se as "falas" e pesquisar sobre o tema ou
chamar profissionais da area para elaborar os textos, pois mesmo que sem
intenção acabam por ofender uma comunidade e propagar ilusões e
inverdades.

Surdez não é uma doença, não precisam de cura" e sim de respeito a diferença.

OBS: Entendemos perfeitamente a preocupação dos pais em relação a menina em proporcionar o bem a sua filha e não queremos aqui criticar a opção feita pelos pais.


À todos aqueles que queiram protestar, é só enviar uma mensagem ao programa "O que você achou do Fantástico deste domingo? ou pela ferramenta comentários aqui.


Confira!!

Trecho da reportagem....erro na maneira de se expressar e que acabou por causar grande constrangimento na comunidade surda.

Existem principais duas formas de curar a surdez. A primeira é a colocação de um aparelho de audição. Ele
funciona como um amplificador: aumenta o volume do som. Se o aparelho não resolve, a segunda opção é o implante coclear, que é colocado dentro do ouvido, através de uma cirurgia. Transforma o som em um impulso elétrico, e esse impulso é enviado para o cérebro, que interpreta aquele som.



Laís, de 3 aninhos, nunca ouviu som nenhum. “Quando ela fez um aninho, a gente
começou a perceber que ela não balbuciava nada.”, conta a mãe.

Os pais resolveram colocar o implante coclear. Um procedimento que é feito de graça na
rede pública de saúde. Quando o aparelho é ativado, ela estranha. O implante funciona conectado a uma parte externa, que Laís arranca assim que ouve o primeiro barulho. Depois de muita luta, ela aceita alguns segundos dessa nova sensação: o som.

“Ainda vai precisar de um tempinho pra se acostumar com essa coisa diferente que é o som. Mas ainda vai ouvir muita coisa bonita na vida dela”, diz o médico.

A pequena Laís chora e arranca o aparelho, logo que é ativado.

 




A pequena Laís, retirando o
implante.
Fonte: Site Fantástico.Postado por mim Gediane no blog http://maosquemeentendem.blogspot.com.br/

 

terça-feira, 17 de julho de 2012

As injustiças sofridas por quem tem deficiência auditiva/surdez



  • deficiente auditivo quer comprar um carro. Aí descobre que a deficiência auditiva é a única deficiência que NÃO tem direito a desconto no IPI e ICMS e muito menos isenção de IPVA. Nem Freud explica! Até mesmo pessoas com deficiência que não podem dirigir veículo automotor têm direito a esses descontos.
  • deficiente auditivo faz o seguro do carro. Caso se acidente, não tem como contatar nem polícia, nem bombeiros e muito menos o seguro – afinal, o único modo de contato é aquela inutilidade chamada ’0800 especial para deficientes auditivos e da fala’.
  • deficiente auditivo abre conta num banco e paga as tarifas como qualquer cliente, mas não tem como se comunicar com o banco fora do horário de expediente, a não ser que cometa fraude pedindo para alguém fingir que é ele ao telefone.
  • deficiente auditivo tem cartão de crédito, mas não tem como se comunicar com o mesmo – a não ser depois de fazer vários barracos e conseguir ser atendido por email, embora, obviamente, esse atendimento fique limitado a dias de semana e horário de expediente.
  • O deficiente auditivo decide cursar uma faculdade, mas não tem acessibilidade alguma. Ninguém nunca ouviu falar em sistema FM, hearing loop, legendas. E os professores ficam brabos se você pede para que eles falem de frente para poder ler seus lábios. Entretanto, se solicitar um intérprete de língua de sinais, será prontamente atendido. Quem entende isso?
  • O deficiente auditivo vai enfrentar fila numa repartição pública, aeroporto, banco ou loja, e quase sempre paga mico porque ou não tem aviso luminoso, ou tem mas criaturinhas não usam. Será que eles acham que deficientes auditivos são lenda urbana?
  • O deficiente auditivo vai pegar um avião, mas periga de perder o mesmo porque quando trocam o vôo de portão ou alteram o horário, avisam pelo alto falante.
  • Se o deficiente auditivo tiver a audácia de entrar numa fila especial para deficientes, vai ser constrangido e humilhado: sempre tem um infeliz que vem perguntar porque diabos você está ali, ou, pior, quando você explica que tem deficiência auditiva quase tem que mostrar as orelhas pro idiota ‘acreditar’ no fato.
  • Se o deficiente auditivo decide ir ao teatro, é quase certo que vá precisar criar os diálogos na sua própria cabeça. Acessibilidade? Bobagem, estão querendo demais.
  • Se o deficiente auditivo inventa de enfartar sozinho em casa, pobrecito. Vai chamar a ambulância como? Com a força do pensamento? Afinal, ambulâncias, bombeiros, SAMU, polícia e outros serviços de necessidade básica não atendem através de SMS de jeito nenhum!
  • deficiente auditivo chega em casa e quer assistir ao noticiário local, mas as emissoras regionais acham que closed caption é coisa do diabo, já que até hoje nenhuma disponibilizou.
  • deficiente auditivo vai ao cinema assistir a um filme nacional que teve patrocínio estatal (o qual ele possivelmente ajudou a pagar com os seus impostos), mas fica boiando porque os manés pouco se importam se ele precisa de legenda para entender o que é dito.
  • O deficiente auditivo faz um plano de saúde, mas é claro que o plano não tem atendimento via chat ou SMS. O único jeito de conseguir marcar consulta médica ou exames é pedindo para um parente/amigo/colega fazer isso por ele. Independência e autonomia? Só é direito de quem ouve!
  • deficiente auditivo decide gastar uma grana fazendo cursinho preparatório para concursos. Aí descobre que as vídeo-aulas não têm legendas simplesmente porque ninguém achou que isso seria necessário.
  • deficiente auditivo resolve pagar caro por um plano de TV a cabo. Aí, sem aviso prévio, sem eira nem beira, descobre que a TV a cabo decidiu dublar todos os seus seriados favoritos. O problema não é a dublagem, mas sim a falta de opção de legenda, oras!
  • O deficiente auditivo acha que é hora de comprar aparelhos auditivos novos e com tecnologia atual. Então, fica sabendo que a única ajuda que o governo oferece é um financiamento com juros reduzidos. Super justo, quando esse mesmo governo cobre de isenções e descontos outras próteses, outras deficiências e outras doenças. Fazer o que?
  • deficiente auditivo quer marcar uma hora num consultório de otorrinolaringologistas ou fonoaudiólogos. Constata que o consultório não tem atendimento via chat (embora tenha, claro, um site lindo) e, ao chegar lá, fica na sala de espera aguardando e se depara com uma TV sem o closed caption ativado. Osso duro de roer…
  • deficiente auditivo, azarado, fica preso no elevador. Começa a rezar pro anjo da guarda, afinal, hearing loop em elevador no Brasil é uma coisa tão improvável quanto ganhar na mega sena.
  • O deficiente auditivo cacifa (leia-se $$$$) uma palestra bem cara para se atualizar profissionalmente. Chegando lá, descobre que não há nenhum tipo de acessibilidade para ele. Tudo indica que os deficientes auditivos só trabalham em sub-empregos, certo? Afffffffffffff!
  • deficiente auditivo vai viajar. Ao chegar no hotel, descobre que serviço de quarto, só pelo telefone, e despertador vibratório, eles nunca ouviram falar e nem sabiam que existia. Mesmo que o hotel se diga ‘acessível’.
  • deficiente auditivo vai visitar um amigo. Ao chegar no prédio, constata que o interfone não tem vídeo e se vê naquela infeliz situação de ficar fazendo força na porta pra adivinhar quando o amigo a está abrindo…
  • deficiente auditivo participa de uma reunião no trabalho. Na qual nenhum colega se dá ao trabalho de pensar em acessibilidade ou sequer falar de frente para ele.
  • deficiente auditivo faz um esforço sobre-humano para ficar de aparelho auditivo em casa depois de um dia estafante e cheio de barulhos chatos no trabalho e na rua. A família pergunta, insistentemente “Você está de aparelho? Então como não ouviu o que eu disse?”.
  • O deficiente auditivo mora sozinho e vai dormir. O alarme do seu carro dispara. Os vizinhos sabem que ele está em casa, tocam na campainha, não obtém resposta. Aí arrombam a porta do seu apartamento. E quase matam o cara de susto!
  • deficiente auditivo se matricula num curso de inglês. A prova escrita ele tira de letra, mas a prova oral envolve ouvir e entender o que uma gravação de CD diz. Não é fácil…
  • deficiente auditivo deve comparecer a uma audiência no foro da comarca da sua cidade. Acessibilidade zero e ainda por cima juiz, promotor e advogados falam baixinho e sem articular os lábios decentemente.
  • O deficiente auditivo conhece alguém e a pessoa pede o número do seu celular. Quando ele avisa educadamente ‘por favor me envie torpedo pois não escuto no telefone’ quase sempre tem como resposta ‘como assim você não escuta ao telefone? que coisa mais estranha!’  junto com um par de olhos arregalados e uma expressão de pavor.
  • deficiente auditivo se inscreve na auto-escola. O instrutor o trata como um alien. E quando tira a carteira de motorista, ela diz “uso obrigatório de otofone ou prótese auditiva”. Otofone. OIII???
E então gente?? De quais outros “momentos ninguém merece” eu esqueci? Já pros comentários pra completar a lista!!!

(Extraido do Blog  Crônicas de Surdez)